Páginas

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Outro ano que se vai...




Tem horas que o coração bate latente e parece que quer explodir pra fora do peito, como um pássaro que já fora livre e agora vive enclausurado em uma gaiola ansioso por voar, não porque seu dito “dono” negligencie cuidados, nem por nada e nem por ninguém ou motivo algum, mas simplesmente por ser da natureza do pássaro o instinto por voar, migrar e ir cada dia mais longe... Nunca vi corações voadores, mas por que esse aperto no peito? Por que essa sensação de que ás vezes ele queira sair pela boca; escapar pelas entranhas?
O bicho homem é tão mais complexo que os animais, tão imprevisível, tão sagaz e ao mesmo tempo, medida e proporção ridiculamente e explicitamente tolo...
Morremos por bipolaridades, vivemos equilibrados entre os extremos de amor e ódio, maldade e benevolência, paz e guerra, curiosidade e ignorância, amizade e desprezo, sinceridade e falsidade, rancor e perdão...
É tão envaidecedor mostrarmos status sociais, religioso, intelectual... e tão difícil demonstrar dificuldades, assumir erros, admitir falhas e calar o coração diante de quem nos cobre com verdade, superioridade e que detém razão...
Somos “sacos de pancada” da vida e não percebemos que a maioria dos golpes são desferidos por a gente mesmo num vai e vem de pensamentos, inquietações, lembranças, frustrações, pré-julgamentos, intolerância, ingratidão e simplesmente inobservar a vida que passa enganosamente devagar ao nosso redor... Negligenciamos ao tempo, a vida, ao que temos aos que nos cercam ao que realmente é nosso e nos interessa, a quem realmente amamos e aos que verdadeiramente nos amam...
O mundo não acabou e quantos de nós intimamente agradecemos ao nosso Deus a continuidade da vida? E se tivesse sido ao contrário? Você teria vivido seu último dia de que forma?
Mas, nós sábios mortais, humanos dotados de sabedoria, sabíamos que o mundo não iria acabar e já havíamos checado até a previsão do tempo para o natal... Tão versáteis, tão “antenados”, tão destemidos de tudo, de todos e de qualquer coisa...
No fundo no fundo somos enormes crianças brincando de faz de conta fingindo ser super heróis  e princesas num mundo que a gente insiste em proteger e que no fim das contas é um grande teatro que tecemos nossas cenas, improvisamos nossas falas, mostramos nossos medos, verdades e tormentos horas explicitamente; horas ocultando nossos mais temíveis segredos e levando na bagagem muito sonho e astucia de viver de ilusões e sonhos, devaneios e esperanças que no final de tudo foi o que mais nos deixou felizes e foram os momentos nos quais mais nos sentimos vivo.

2 comentários:

SEJAM BEM VINDOS AO BLOG DE ANDRÉIA disse...

vc é muito criativa...bjs adorei seu blogspot

Jucilene B. Pereira. disse...

Obrigada! Vc é colega de qual Polo?

Postar um comentário