Tem horas que o coração bate
latente e parece que quer explodir pra fora do peito, como um pássaro que já
fora livre e agora vive enclausurado em uma gaiola ansioso por voar, não porque
seu dito “dono” negligencie cuidados, nem por nada e nem por ninguém ou motivo
algum, mas simplesmente por ser da natureza do pássaro o instinto por voar,
migrar e ir cada dia mais longe... Nunca vi corações voadores, mas por que esse
aperto no peito? Por que essa sensação de que ás vezes ele queira sair pela
boca; escapar pelas entranhas?
O bicho homem é tão mais complexo
que os animais, tão imprevisível, tão sagaz e ao mesmo tempo, medida e
proporção ridiculamente e explicitamente tolo...
Morremos por bipolaridades,
vivemos equilibrados entre os extremos de amor e ódio, maldade e benevolência,
paz e guerra, curiosidade e ignorância, amizade e desprezo, sinceridade e
falsidade, rancor e perdão...
É tão envaidecedor mostrarmos status
sociais, religioso, intelectual... e tão difícil demonstrar dificuldades,
assumir erros, admitir falhas e calar o coração diante de quem nos cobre com verdade, superioridade e que detém razão...
Somos “sacos de pancada” da vida
e não percebemos que a maioria dos golpes são desferidos por a gente mesmo num
vai e vem de pensamentos, inquietações, lembranças, frustrações,
pré-julgamentos, intolerância, ingratidão e simplesmente inobservar a vida que
passa enganosamente devagar ao nosso redor... Negligenciamos ao tempo, a vida,
ao que temos aos que nos cercam ao que realmente é nosso e nos interessa, a
quem realmente amamos e aos que verdadeiramente nos amam...
O mundo não acabou e quantos de
nós intimamente agradecemos ao nosso Deus a continuidade da vida? E se tivesse
sido ao contrário? Você teria vivido seu último dia de que forma?
Mas, nós sábios mortais, humanos
dotados de sabedoria, sabíamos que o mundo não iria acabar e já havíamos
checado até a previsão do tempo para o natal... Tão versáteis, tão “antenados”,
tão destemidos de tudo, de todos e de qualquer coisa...
No fundo no fundo somos enormes
crianças brincando de faz de conta fingindo ser super heróis e princesas num mundo que a gente insiste em
proteger e que no fim das contas é um grande teatro que tecemos nossas cenas,
improvisamos nossas falas, mostramos nossos medos, verdades e tormentos horas
explicitamente; horas ocultando nossos mais temíveis segredos e levando na
bagagem muito sonho e astucia de viver de ilusões e sonhos, devaneios e
esperanças que no final de tudo foi o que mais nos deixou felizes e foram os momentos
nos quais mais nos sentimos vivo.
2 comentários:
vc é muito criativa...bjs adorei seu blogspot
Obrigada! Vc é colega de qual Polo?
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