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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Trajetória acadêmica...

"Não estou mais interessado no que sinto/ Não acredito em nada além do que duvido/ 'Cê espera respostas que eu não tenho, mas não vou brigar por causa disso"...( Renato Russo na letra de Sereníssima- Legião Urbana)
Estes versos do meu saudoso ídolo, expressam com clareza este final de oitavo semestre, enquanto meus colegas convictos de sua formação docente, eu descrente na minha formação discente. Basta rever minha trajetória e verás uma pessoa sonhando em pular degraus de formação; graduação, pós,...doutorado. Estava convicta em seguir em frente, em ser professora!
Mas "não estou mais interessada no que sinto" ou no que de repente sentia. A vida acadêmica me fez voltar atrás, desconstruir convicções que havia construído durante o Curso Normal, me fez colocar à prova tantos discursos aplausíveis que na prática não passam de mera utopia, me fez acreditar ainda mais nas coisas que me causam dúvidas e duvidar, discordar, criticar parece que não foram boas ideias...
Criticar; escrever criticamente, sempre foi traço marcante de minha personalidade desde as correções de minhas redações no curso pré-vestibular Desafio, onde a professora Juliana Delpino já me chamava a atenção quanto a agressividade, mas não sei ser( ou escrever) de outra forma, quando está bom elogio caso contrário aponto o dedo, não por saber fazer melhor ou por me achar melhor que ninguém, mas simplesmente por não saber fingir que gostei e/ou concordei.
O ensino superior esperou de mim respostas que eu não tinha, eu necessitava contrariar o sistema, eu almejava criticar e criticando buscar respostas pra fazer diferente, mas venci pelo cansaço e acabei fazendo estágios tudo igual " sempre mais do mesmo"( como diz uma outra música de Renato)
Infelizmente o último verso na música não pude cumprir e briguei muito, rasguei o verbo, fui insuportavelmente do contra e mexi com a calmaria de alguns fóruns que pareciam ser movidos pela trilha sonora "aonde a vaca vai, o boi vai atrás", pois ninguém discordava de nada, então, eis que surgiram alguns críticos!  
"Acabo" (entre aspas, pois ainda tem o TCC) essa faculdade com algumas convicções:

  • Educação campesina é uma ideia muito bonita, embora seja uma utopia. Sempre haverá professores de pedagogia e outras áreas trabalhando no campo um conteúdo igual aos das escolas urbanas, pois é muito difícil adequar o currículo ao entorno extremamente rural da escola( universo riquíssimo de saberes populares que deveriam ser contextualizados em sala)
  • Eu não quero ser professora! Não quero "chover no molhado", "chutar cachorro morto", imortalizar uma educação que luta pra se modernizar e " no frigir dos ovos" continua sendo tradicional( por "n" motivos que vão desde falta de recursos, desvalorização dos professores e a boa e velha falta de vontade de mudar o que está cômodo)
  • "Pau que nasce torto, nunca se endireita" e eu nasci critica e vou morrer critica, quem não gostar que me perdoe, mas não vou mudar por causa de ninguém.
  • Estágio em séries iniciais.

1 comentários:

João Reguffe disse...

Bom dia
Sobre a Ponta Alegre e Lagoa Mirim, gostaria de fazer contato contigo.
Att. João Reguffe
reguffe@gmail.com

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